O MÁGICO DE OZ | Não há lugar como nosso lar

 Mágico de Oz,Blade Runner,Sonho


"It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent that survives. It is the one that is most adaptable to change." - Charles Darwin

Quando falamos não apenas das melhores adaptações para o cinema, mas das melhores obras do cinema, o título Mágico de Oz precisa estar em pauta. Tecnicamente avançado

Na natureza, aquele que melhor se adapta ao ambiente em seu em torno, sobrevive por mais um dia. O homem, por sua vez, evoluiu. Evoluiu por perseguir seus sonhos, evoluiu por não se acomodar a apenas sobreviver. O homem queria muito mais do que um dia, muito mais do que um mês,  ele queria sua vida e a partir de então evoluiu. Evoluiu por buscar viver ao invés de simplesmente sobreviver.

Muito mais do que ser racional, o que diferencia o homem das outras espécies é o sonho e vemos reflexo desse pensamento constantemente no cinema. Em filmes onde objetos ou animais são antropormofizados, eles acabam ganhando habilidades humanas, entre elas, a habilidade de construir um avião e fugir do galinheiro, a habilidade de nadar em mar aberto, a habilidade de sonhar, a habilidade de acreditar que há algo a mais do que simplesmente sobreviver.

Essa inconformidade com o status quo inerente dos humanos não é restrita a filmes atuais. O brilhante, Charles Chaplin, em seu filme Tempos Modernos questiona, entre tantas questões, a mesmice da vida a que fomos impostos e que muitas vezes não temos coragem ou força suficiente para sair da inércia.

Poucos anos mais tarde, em uma das melhores adaptações já feitas para o cinema, O Mágico de Oz, acompanhamos a pequena Dorothy em sua jornada em busca de um lugar além do arco íris no qual todos seus sonhos se realizariam. E como em uma bela jornada do herói, a pequena heroína e seus fiéis escudeiros enfrentam suas maiores fraquezas e ao final acabam retornando para casa com o precioso ensinamento que eles sempre possuíam as habilidades necessárias, só precisavam acreditar neles próprios. Ao contrário do que Arquivo X possa ter nos ensinado, a verdade não está lá fora. A verdade está em cada um, talvez o mais difícil seja achar a pergunta certa como aprendemos com Douglas Adams. Como compreender esse mundo complicado se não entendemos nós mesmos?

Em outra excelente adaptação para o cinema, Blade Runner, o maior exemplar da cultura cyberpunk na 7a arte noa convida a nos perguntarmos se realmente somos humanos, mas não por ter carne e osso, ou por sermos racionais, mas justamente por perguntar se temos sonhos, se temos esse ímpeto de viver ou apenas ver a vida passar na frente de nossos olhos sem nos movermos.

Mas todo esse papo furado nos leva para esse exato momento onde lhes apresento um curta do longínquo ano de 2017 que reúne tanto o conceito de sonho, não o de contar carneirinho, mas o sonho quanto a sair da inércia e buscar uma vida melhor quanto a ideia da resposta estar dentro de si e em quem você ama.

Home



O curta Home, retrata um futuro distópico no qual famílias de classe média tem o costume de pagar um pacote de viagem Refugiados, onde fazem justamente o caminho inverso dessas pessoas que tanto sofrem. Ao final da jornada, a família acaba ficando mais próxima e sentindo aquele lugar triste, sujo, destruído como um lar.

Então, fica a recomendação desse curta e de todos as outras obras citadas acima que, como em toda boa obra de arte,  nos faz pensar um pouco mais em nós como pessoas, como seres humanos o que estamos fazendo com nossas vidas. Onde estamos indo pra encontrar a felicidade ou nossos sonhos? Como a pequena Dorothy aprendeu, às vezes a felicidade está no quintal de casa e nós procurando nos mais distantes lugares.

Deixe nos comentários outras obras que tratem desse conceito de sonho, ou seja, aquilo que nos diferencia dos outros animais.

"The dreams shall not remain in the deep of your heart, otherwise they will never reach the Sun of reality."

"The distance between the dream and reality is just one step." Dê o primeiro passo.

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