“Na vida nada se cria, nada se
imagina tudo se copia”, lema dos anões (ele é tão verdadeiro que ele foi
manipulado, deturpado, surrupiado por um tal de Lavoisier e usado no mundo da
alquimia/química) e que cabe como uma luva no contexto deste post. Nessa série de posts vou tentar mostrar um pouco sobre
o mundo honesto da literatura/quadrinhos e cinema, onde tudo é copiado de outro
alguém, como mostrado no filme do Paul
Giamatti, “O Grande Mentiroso” –
pra quem não viu, veja, pra ter ideia de como "funciona" esse mundo.
O Futuro e Jogos Mortais
Ideias de futuro são o que não
falta. Sempre tem algum filme, livro, série... tentando mostrar como seria o
futuro. Porém, uma ideia me chama a atenção, a ideia do futuro e jogos mortais
(nada a ver com o filme). Não sei quem começou, mas sei que muita gente gostou
dessa ideia e copiou muita coisa de outras pessoas.
Running Man, Battle Royale e
Jogos Vorazes (falei só esse em português, porque a tradução dos outros não
ficaram legais e também esse filme não merece respeito. Se você ainda tinha
algum respeito por esse filme, depois desse meu desabafo, espero que mude seu
pensamento) são exemplos desse intercâmbio não-mútuo de ideias. Cada filme tem
sua identidade, menos Jogos Vorazes, claro.
RUNNING MAN (ANOS 80) - 1987
Baseado no livro de mesmo nome,
escrito por Stephen King (o “rei” – duplo sentido kkk – do terror/horror), o
filme mostra uma sociedade futurista distópica, onde as pessoas são fãs de um
programa de TV em que os participantes têm que lutar pela própria vida
(semelhanças? Imagine). E falando em futuro, falamos de quem? Claro, nosso
querido ARNOLD SCHWARZNEGGER que
representa um militar, que por não acatar regras imorais de um estado
totalitarista acaba sendo preso. O filme mostra a manipulação da história que a
televisão é capaz de fazer (mais semelhanças). Arnold acaba sofrendo com isso
ao ser tachado como assassino cruel e impiedoso pela mídia. Dessa forma, ele é
“obrigado” a participar dos jogos como forma de se ver um homem livre
novamente. Será que ele vai sobreviver aos stalkers?
Difícil, eles têm até o Sub-Zero. Acha que é mentira, né? Mas não é, isso mesmo
Arnold luta contra o Sub-Zero nesse filme. Nostalgia total.
Os jogos são vigiados e controlados. Além disso, eles são transmitidos em tempo real e apresentados por um anfitrião muito carismático, porém de índole duvidosa. Mais “semelhanças”, “inspirações” usadas em um filme atual é mera coincidência, como você pode perceber pela paródia musical a seguir:
Identidade: temática anos 80 (tiro, porrada e bomba + Schwarzza)
P.S.: Para os desavisados, o
Sub-Zero do filme não é o Sub-Zero do Mortal Kombat. #fikdik
BATTLE ROYALE (O JAPONÊS) – 2000
Também inspirado em um livro de
mesmo nome, Batoru Rowaiaru, dirigido
por KINJI FUKASAKU (por respeito aos
presentes não vou falar nada sobre o sobrenome do Quindim) tem um ar bem mais
pesado e violento que Running Man,
mas também fala de um jogo em que o objetivo principal é sobreviver.
42 (O.O – será? Quem sobrevive
tem a resposta para a vida, o universo e tudo mais?! Deixe nos comentários o
que pode significar isso) jovens entram e só um pode sair: essa é a Batalha
Real (não concordam que fica feio?! Prefiro até Batoru Rowaiaru). Quem viu Jogos
Vorazes, sabe mais ou menos como funciona esse “jogo”, JENNIFER LAWRENCE pode até participar (mas com certeza não iria
ganhar, nem ferrando). Cada um tem direito a uma mochila que contem alimento,
água e um tipo de arma (seja uma metralhadora ou um tampa de panela – afinal,
para o MacGyver, até um fio de cabelo pode ser usado como arma) escolhida
aleatoriamente – modéstia a parte, eu não ligaria muito para o que tivesse na
mochila, minhas mãos receberam recentemente a mesma licença que o 007, desculpa
B|, LICENSA PARA MATAR, porque eu iria querer outra coisa?! -. O jogo tem uma duração de 3 dias e se ao
final do tempo mais de uma pessoa tiver viva, os colares que eles são obrigados
a usar explodem e todos morrem – assim, pouparia aquele discursinho romântico
da Katniss e do Peeta, os dois morreriam, caso encerrado, tão simples -.
Ao contrário dos dois outros
filmes, os jogos não acontecem como forma de entretenimento, mas como forma de educação
(xtreme education). O filme se passa
em futuro próximo, no qual os jovens japoneses perderam o respeito e educação,
que nós ocidentais costumamos escutar. Eles não ligam para as aulas, só estão a
fim de se divertir e não têm o menor respeito pelos mais velhos. Por isso,
turmas de jovens são escolhidas aleatoriamente para participarem desse jogo.
Será que só um vai sair vivo? Ou um casal?
O filme é muito bem feito e com
uma assinatura do Quindim, um mestre
do cinema japonês e que já serviu como inspiração para grandes nomes do cinema
como JOHN WOO e TARANTINO. Se você é
fã e conhece os filmes do Tarantino, você percebe nitidamente o estilo dele:
violência exagerada, divisão em capítulos, músicas clássicas como trilha sonora
(além disso, músicas calmas ou divertidas contrastando quase ironicamente com a
cena em si), personagens bem desenvolvidos e conectados, flashbacks e por aí
vai. Por isso, você deve ver esse
filme, além do fato de ter sido elogiado por Tarantino e também como forma de comparar esses três filmes e
perceber como pode JOGOS VORAZES
copiar tanto esse filme. Já ia me esquecendo, ainda sobre essa relação entre Quindim
e Tarantino, a garotinha que faz a mini Kill
Bill nesse filme (semelhança na roupa, expressões e luta) faz Gogo Yubari (tan tan tammmmm), então
queridos internautas, deixem nos comentários aí também, qual seria a relação
dela com Kill Bill.
Gogo Yubari |
Identidade: filme oriental (violência xtreme) e escola Quindim de cinema
P.S.: Não sabia que era tão
difícil de matar japonês.
JOGOS VORAZES (O XING-LING) - 2012
O que falar dessa cópia barata,
além do fato de que se você pegar Running
Man e Battle Royale e bater no
liquidificador, você tem Jogos Vorazes?
A história combina a história do filme do Arnold
quando se fala sobre a manipulação da mídia, a questão do jogo como forma
de entretenimento, como um reality show e usa a história japonesa em relação ao
jogo em si (as regras, o romance, relações sociais durante o jogo...). Então a
pergunta fundamental é: o que Jogos
Vorazes traz de novo? A resposta é simples, nada. Suzanne Collins pega um universo já pronto e o adapta para o
público juvenil, méritos para ela, mas afinal, tudo é ou não é um eterno remake? Já diziam os antigos anões...
Identidade: temática anos 2000 (romance juvenil)
P.S.: Mas Jogos Vorazes exagera kkkkk
MENÇÃO HONROSA: DEATH RACE 2000 (O ORIGINAL? O.o) – 1975
Deixei esse para o final por um
simples motivo, pra mostrar que nunca vamos descobrir quem foi o primeiro e
quem vai ser o último. Sempre vai ter alguém copiando, essa é a vida.
Em Death Race 2000, um dos
primeiros filmes do Sylvester Stallone.
Nesse filme de 75, no distante "futuro" de 2000, uma corrida atrai
milhares de espectadores, não é a toa, afinal, segundo o filme, é o esporte
mais popular do mundo. Nela, os corredores têm que cruzar os E.U.A e vão ganhando
pontos por atropelar pessoas. O presidente (que usa uma flor no bolso igual a
um filmeco aí que não lembro o nome) comanda tudo, inclusive a imprensa,
tentando controlar a população para que não se preocupem com os ataques da resistência.
Porém, ninguém sabe, mas a resistência acaba infiltrando uma MULHER na corrida,
para que possa acabar com esse “império” do presidente e essa corrida
(semelhanças? Não, imagina).
Então, está com medo do que o futuro nos reserva?! Não se reprima, estou aqui pra ajudar. Como?! Fácil, sigam-me os bons e curta a página no facebook que eu te protejo, ainda mais se for uma mulher bela (eu faço um esforço). Agora tenho que me ir, tenho um jogo pra participar hoje. Até semana que vem ou não, né (nunca se sabe como é o final desses jogos)?!
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