Muito tem-se falado desse filme depois da escolha dele como filme brasileiro pra disputar uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro, mas será que é tudo isso mesmo?!
Filme escrito e dirigido por Anna Muylaert, estrela Regina Casé na pele da pernambucana Val que se mudou para São
Paulo para dar melhores condições para sua filha que ficou lá. Em São Paulo,
ela trabalha em uma casa de família, onde ela também passa a morar no quartinho
dos fundos. Tudo corria bem, na medida do possível, porém tudo começou a mudar
doze anos depois quando sua filha, Jéssica, decide ir para São Paulo para prestar
vestibular de arquitetura.
O filme trata de temas como o
preconceito, família e relação entre patrão e empregado. Os atores não deixam a
desejar o que foi proposto pra cada personagem, você sente uma simpatia,
compaixão, raiva e constrangimento/vergonha alheia quando precisa sentir. E
essa última em escala extrema. Se você assistiu ao filme, eu tenho certeza que
pelo menos uma vez você tentou esconder o rosto de vergonha pelo que estava
acontecendo.
Como já falei, muitos temas são debatidos no filme, mas como o próprio título do filme em inglês diz, Second Mother (Segunda Mãe), o filme tem como principal foco a relação entre mãe e filho. "O que é ser mãe?" é uma das perguntas que você consegue extrair.
Outro tema bastante debatido ao longo da obra é o preconceito, que pode ser observada não apenas no roteiro ou na atuação, mas em elementos como o enquadramento e objetos inanimados que acabam fazendo
parte da história. As cenas dentro da cozinha são geniais, por exemplo, onde que
se pode ver os patrões comendo e conversando na sala, mas você fica “preso” à
cozinha, assim como a própria Val. A piscina e o próprio presente que a
personagem da Regina Cazé dá para sua patroa são exemplos de como objetos podem
falar, mesmo sem abrir a boca como em a Bela e a Fera. Se você assistiu ao
filme, vai entender (pelo menos eu espero) se eu te disser preto no preto e
branco no branco.
Trailer:
Se você ainda não viu e ainda
está passando na sua cidade, deixe de preconceito e corre lá pra assistir,
porque vale a pena. O filme é muito bom, mas acho que pra conseguir alguma
coisa no Oscar acho muito difícil, afinal Cidade de Deus não consegui nada, não
é verdade?! Curta a página no facebook, me siga no twitter (mas não de muito
perto) e compartilhe com seus amiguinhos o blog, porque um dia sou eu ganhando
um Oscar e eu falo de vocês no meu discurso. Arrivederci.
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