HÉRCULES | O Homem por trás da Lenda

O filme é uma tentativa de adaptação da minissérie em quadrinhos publicada pela Radical Publishing: The Thracian Wars, escrita por Steve Moore e ilustrada por Admira Wijaya.  A direção ficou por conta de Brett Ratner ("conhecido" por A Hora do Rush, X-Men 3 – O Confronto Final...).

A série de Steve Moore buscava mostrar Hércules como um mercenário, indo além da lenda que esse era apenas um herói

A minissérie em quadrinhos tenta mostrar Hércules totalmente diferente do que já foi abordado até entã, ou seja, tenta quebrar com a ideia do Hércules herói, bondoso, perfeito (o Superman da era de ouro). Pelo contrário, ele é retratado como um mercenário que se importa apenas com o dinheiro e os seus amigos.

A storyline do filme e das hq’s são iguais, ponto. Todo o resto porém, são tão distintos que faz do filme uma obra (se assim podemos dizer) a parte dos quadrinhos.

Steve Moore consegue dar vida a seus personagens. Cada um tem sua história, que mesmo tendo uma relação com a mitologia grega, ele consegue dar individualidade e personalidade a eles além da história original. Atalanta, por exemplo, na HQ, foi banida dos Campos Elíseos e para retornar precisa morrer de maneira honrosa, por isso entra para o grupo. Viu?! Totalmente diferente do filme onde ela entra na equipe pelo bom coração do Hércules. Nos quadrinhos, os personagens e suas história têm relevância pro plot principal, ou seja, não tem encheção de linguiça ou histórias whatever.

BATALHAS

As batalhas na minissérie são ‘cinematográficas’ - se assim podemos dizer. O cenário tem uma fotografia estilo 300 (o filme). Além disso, a HQ jorra sangue - não tanto quanto nos jornais, mas chega perto.

A PG-13 prejudica demais. Por exemplo, nas grandes batalhas não se vê nem um sanguinho sequer. Essa fase de todos os filmes terem classificação 14 anos só pra atrair mais gente - por gente quero dizer mais dinheiro - já deu.

O filme fica infatilóide, indo para um lado mais cômico - caminho totalmente diferente do proposto por Steve Moore. Tydeus, que na revista é super sanguinário, personalidade forte - além de apresentar uma ideia ‘interessante’ do antropofagismo - , é retratado como quase um animal de estimação do Hércules. Só tenho uma coisa pra dizer: triste, muito triste.

CONCLUSÃO

A ideia da desconstrução da lenda do Hércules apresentada pelo filme é muito interessante, onde tenta deixar em aberto se ele é ou não é o filho de Zeus, ou seja, se ele realmente é o homem por trás das lendas. Todavia, na prática, tenho que aceitar o fato de que é um filme blockbuster pra se ver em família e só. Os atores, em sua maioria, são muito bons, não tem como falar que o THE ROCK não é o Hércules, afinal o cara tá um monstro (não é um Arnold ou Lou Ferrigno, mas um dia chega lá). Porém, os personagens do filme são muito rasos, o que não ajuda nenhum pouco o filme.

Ai que loucura!

P.S.: Não vejam a série "Hércules - Uma Jornada Lendária" por favor. Deixem na memória. Porque eu fiz a burrada de ver o primeiro episódio de novo por nostalgia e… Só não vejam.

Trailer

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